Harry
Hoje acordei sem a mínima
vontade de levantar, peguei meus óculos e levantei. Tomei um banho bem demorado
e quente pois estava com muita preguiça. Por quê? Não havia motivo nenhum para
ficar animado, pois meus amigos me escreviam cartas vagas a semanas e meu
padrinho morreu a alguns meses, morreu. Ainda não me acostumei com as palavras
Sirius e morreu na mesma frase.
Decidi que hoje não seria como
nos outros dias, desci a escada fazendo o mínimo de barulho o possível pois eu
não queria encontrar ninguém. Olhei no relógio da cozinha e eram 6h30 da manhã,
tio Válter já ia acordar para ir trabalhar, e eu não queria ser obrigado a dar
mais explicações para onde vou, sem ter ao menos rumo algum.
Sai de casa e ao longe via os
primeiros raios de sol iluminando a rua dos Alfeneiros. Comecei a andar, sem
saber pra onde ir, sem saber o que pensar. Meus desvaneios iam desde meu
padrinho Sirius até Hogwarts, onde eu mais queria estar nesse momento. Lá era o
meu lar, não aqui, nesse fim de mundo. Lá eu tinha amigos, ao contrário daqui,
onde sou odiado por tudo e por todos, conhecido como um marginal que não quer
nada com nada. Lá eu me sentia feliz, onde as pessoas ficavam do seu lado por
livre e expontânea vontade, muito ao contrário da rua dos Alfeneiros, onde as
pessoas só passavam do meu lado porque não havia outro caminho e quando o
faziam, passavam rápido e olhando feio.
Decidi ir ao parquinho que
havia ali perto, me sentei e fiquei olhando para as árvores, sentindo o vento
em meu rosto, admirando como ele balançava as folhas com uma suavidade e
firmeza impressionante.
Quando olhei em meu relógio já
eram 7h16min. Ouvi um ruido bem próximo, nem liguei, pois haviam muitos
esquilos por ali. Ouvi outra vez e ignorei. Mais um, me espantei pois estava
ficando cada vez mais alto e mais próximo de mim. Comecei a estranhar, pois um
esquilo não fazia tanto barulho assim, o barulho ficava mais próximo. Levantei
e peguei minha varinha pronto para lançar um feitiço. Uma moita perto das
árvores começou a se mecher e logo outra mais a esquerda bem próxima a mim se
mecheu e dela, um garoto todo esfarrapado com uma calça jeans e uma blusa
laranja que estava escrito Acampamento Meio-Sangue. Ele tinha o cabelo preto,
escuro como a noite e os olhos tão verdes como os meus. Ele saiu da moita e
ficou de joelhos ofegando e olhando e se apoiando no chão, ficou assim por
quase um minuto e se deitou de costas olhando para o céu nublado, finalmente
falou:
- Vocês estão bem Annabeth?
Grover? - disse ele
Foi só agora que notei os
gemidos mais a esquerda, só que eu não encontrei de onde estavam vindo.
Enquanto estava procurando, um menino mancando, com cabelos encaracolados e com
fuligem no rosto apareceu também vindo de uma moita, a mesma em que o menino de
olhos verdes apareceu. Mais o que não explicava os gemidos que eu escutei a
esquerda dele e não a direita ou atrás.
O menino se encostou em uma
árvore e respondeu:
- Eu estou. Mas não tenho tanta
certeza quanto a Annabeth. - disse ele
O menino de olhos verdes olhou
para a sua esquerda e falou suavemente como o vento, com um carinho quase
invisível, mais presente:
- Você está bem Annabeth?-
disse ele - Tire o boné para podermos cuidar de você.
Uma voz feminina falou de onde
pensei estar ouvindo gemidos:
- Estou bem Percy, só preciso
de um pouco de Néctar e Ambrósia, espere vou tirar o meu boné.
Fiquei de olhos arregalados
quando figura feminina apareceu do nada, ela segurava um boné, estava com um
short jeans e usava a mesma blusa laranja que o menino Percy - o nome que ela o
chamou - usava. Tinha o cabelo loiro lindo que brilhava ao sol, o cabelo - que
na minha opinião qualquer menina no mundo daria o próprio braço para conseguir
- loiro e comprido, com os olhos acinzentados e hipnóticos. Ela olhou ao redor
e me viu.
- Percy, você ao menos olhou
onde estamos? - disse ela, obviamente com raiva.
- Não, simplesmente estou
exausto demais para faze-lo - disse ele com a voz falhando.
- Estamos na presença de um
mortal Percy Jackson! - disse ele com a
raiva contida
- Oops...-exclamou ele e finalmente levantou e olhou ao redor, quando
me avistou arregalou os olhos.
Que trouxas estranhos, pensei
estão me chamando de mortal. Foi muito estranho o modo como eles apareceram aqui, todos sujos e
suados. Depois do choque perguntei:
- Quem são vocês - disse com
firmeza.
- Eu sou Percy, essa é a
Annabeth e este é Grover - disse ele indicando cada um - o que é isso na sua
mão?
Só então percebi que ainda
estava segurando minha varinha, e rápido como uma flecha, a guardei.
-Não é nada - disse eu,
tentando manter a voz com indiferença, e completei - que trouxas esquisitos
vocês. Falei mais para mim do que para eles.
- Você me chamou de quê?! -
disse Annabeth claramente muito irritada.
- Acalme-se Annabeth, tenho a
impressão que ele não quis no insultar - disse ele me olhando com o olhar que dizia "por favor, concorde e não irrite ela"
Percy, Grover e Annabeth se olharam e discutiram alguma coisa em silêncio, depois Percy olhou para mim concentrado e disse:
- Desculpe, mas eu tenho que fazer isso - depois estalou os dedos e disse - Você não nos viu.
- Desculpe, mas eu vi sim! - eu disse.
Ele olhou para Annabeth em busca de ajuda - estava óbvio que era ela a que sabia de tudo, como a Hermione pensei - e ela me olhou me analisando, quase que vendo dentro de mim.
- Está obvio que esse mortal vê através da névoa - disse olhando para Percy, depois virou para mim e disse - Quem é você e qual o seu nome?
- Meu nome é Harry, Harry Potter- eu disse a olhando naqueles olhos hipnotizantes - Quanto ao resto não posso dizer.
- Sim, entendo - disse ela pensativa, franziu a testa e prosseguiu - Diga-me Harry, sabe de algum lugar em que possamos ficar por aqui em Londres, estamos em uma, ahm..."viagem" e não temos lugar para ficar.
Pensei bastante antes de responder dei um sorrisinho indetectável e respondi:
- Podem ficar na casa dos meus tios - eu me divertia com a ideia de escondê-los dos meus tios em meu quarto.
- Tudo bem, pode nos levar até lá agora? - Disse Percy - estamos muito cansados
Olhei para o meu relógio e já eram 9h28 da manhã, a essa hora só havia Duda em casa - provavelmente em seu quarto - pois o tio Válter ia para o trabalho 7h e tia Petúnia avisou ontem que ia ao mercado às 9h.
- Sim, sem problemas, mas vamos ter que passar despercebidos - eu disse, eles todos acentiram com a cabeça. - então vamos.
Depois dessa última frase, comecei a andar e eles vieram atrás. Não dizemos uma palavra durante o percurso. Quando chegamos perto da casa dos meus tios, n° 4 da rua dos Alfeneiros, eu disse:
- Esperem aqui - disse já subindo os degraus, e entrando na casa.
Chequei se Duda estava em seu quarto jogando vídeo game, e desci. Chamei eles que ainda estavam parados em frente a porta e pelo visto andaram discutindo.
- Venham por aqui, por favor - eu disse assustando eles.
Grover estava pálido, e com muito medo de me seguir, mais Percy puxou ele. Do que ele está com medo? pensei Não sou nenhum tipo de monstro!
Continua...
ooi, adorei o primeiro capítulo da fic... quando sai o próximo? ^-^
ResponderExcluirDesculpe a demora, é que eu acabei de me mudar e a unica fonte de net q eu estou tendo é meu cel, mas prometo q vou fazer o mais rapido o possivel, espero q compreenda!
ExcluirDesculpe a demora, é que eu acabei de me mudar e a unica fonte de net q eu estou tendo é meu cel, mas prometo q vou fazer o mais rapido o possivel, espero q compreenda!
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